Imóvel é ganho certo - Investir em casas e apartamentos com preço entre 80 000 e 200 000 reais é um bom negócio.
Embora muitos digam o contrário, os especialistas garantem: investir em imóveis é uma boa opção. Nos últimos dez anos, a valorização mínima de um imóvel ficou entre 1% e 2% acima da inflação do ano. O levantamento é do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) e mostra que, em cidades como São Paulo, não foram poucos os bairros em que a valorização de um imóvel, nesse período, chegou a 100%. Em tempos de estabilidade e economia amadurecida, o conceito de investimento imobiliário adquiriu roupagens para além de uma casa, um apartamento ou uma sala comercial para revender ou alugar. Hoje, ativos imobiliários são significado de fundo de investimento, especulação e até de alavancagem.
Na avaliação dos especialistas, todas as opções são boas, dependendo de quem investe e de seus objetivos. Antes de dar o primeiro passo rumo aos imóveis, o investidor deve saber que o conceito de diversificação sempre vale. "Os imóveis devem consumir entre 20% e 40% do patrimônio do investidor", diz João Crestana, presidente do Secovi. Em seguida, vem a estratégia, que depende do risco a ser assumido, do tempo para se dedicar ao investimento e da quantia disponível para a aplicação. Se o investidor tem entre 80 000 e 200 000 reais, está dentro do grupo que pode aliar boa rentabilidade a baixo risco.
ATÉ 200 000 REAIS
Com essa quantia é possível comprar uma sala comercial ou um apartamento de um ou dois quartos num bairro central de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Ou então um apartamento ou casa de dois ou até três quartos em bairros de periferia. Essa é a faixa de maior liquidez e rentabilidade. "A liquidez de um imóvel está ligada à renda média da população e à possibilidade de uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra do imóvel. Essa é a faixa mais fácil de comercializar e alugar. É a que mais valoriza", diz Luiz Calado, vice-presidente do Ibef, que acaba de lançar, pela Editora Saraiva, o livro Imóveis – Seu Guia para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio. Luiz Calado ressalta que, mesmo dentro dessa faixa, é necessário saber escolher para não fazer um mau negócio. E dá as dicas básicas. Bairro e rua com boa infraestrutura de saneamento, água, luz, coleta de lixo e transporte, além de serem livres de enchentes e considerados seguros, são fundamentais para um bom negócio.
O diretor-geral da Brazilian Mortgages, Fábio Nogueira, faz outros alertas. Ele ressalta que grandes cidades — São Paulo, em especial — registraram aumentos de preços de imóveis nos últimos anos, o que exige cada vez mais atenção dos investidores na hora de identifi car um bom negócio. A concorrência do setor aumentou com a entrada de muitas incorporadoras no mercado, o que gerou maior oferta de imóveis. E isso pode significar valorizações menores à frente. Por isso, para Fábio, a opção pela compra de um imóvel deve considerar, além da segurança, da diversificação e da rentabilidade, um interesse futuro no imóvel. "Um apartamento residencial de dois quartos pode ser o primeiro imóvel de um filho lá na frente e, enquanto isso, rende o aluguel."
ESPECULAÇÃO
Para o investidor especulativo e profissional, é possível, ainda, fazer alavancagem com imóveis. Como?
Usa-se 20% do valor do imóvel para dar entrada e solicita-se um financiamento; aluga-se o imóvel; paga-se a prestação com o dinheiro do aluguel; vende-se o apartamento um ano depois (se o imóvel for bem escolhido é comum conseguir 10% a mais no valor total) e quita-se o financiamento. Embolsa- se a diferença entre o preço da venda e a quantia usada para honrar o empréstimo. Especialistas financeiros garantem que dá para conseguir ganho de até 50% na jogada.
Mas cuidado, envolve risco maior e os especialistas não a recomendam ao investidor comum.
Muita cautela no curto prazo
Cautela é a palavra de ordem para aqueles que querem comprar para vender em curto espaço de tempo. Afinal, acertar na compra do imóvel não é tarefa simples. Ainda mais se o objetivo é lucrar no curto prazo. E mais: é necessário considerar que o curto prazo, quando se trata de imóveis, tem significado próprio. Comprar e revender, por mais rápido que seja, pode demorar vários meses.
Você S/A - Por Ana Brandão
Na avaliação dos especialistas, todas as opções são boas, dependendo de quem investe e de seus objetivos. Antes de dar o primeiro passo rumo aos imóveis, o investidor deve saber que o conceito de diversificação sempre vale. "Os imóveis devem consumir entre 20% e 40% do patrimônio do investidor", diz João Crestana, presidente do Secovi. Em seguida, vem a estratégia, que depende do risco a ser assumido, do tempo para se dedicar ao investimento e da quantia disponível para a aplicação. Se o investidor tem entre 80 000 e 200 000 reais, está dentro do grupo que pode aliar boa rentabilidade a baixo risco.
ATÉ 200 000 REAIS
Com essa quantia é possível comprar uma sala comercial ou um apartamento de um ou dois quartos num bairro central de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Ou então um apartamento ou casa de dois ou até três quartos em bairros de periferia. Essa é a faixa de maior liquidez e rentabilidade. "A liquidez de um imóvel está ligada à renda média da população e à possibilidade de uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra do imóvel. Essa é a faixa mais fácil de comercializar e alugar. É a que mais valoriza", diz Luiz Calado, vice-presidente do Ibef, que acaba de lançar, pela Editora Saraiva, o livro Imóveis – Seu Guia para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio. Luiz Calado ressalta que, mesmo dentro dessa faixa, é necessário saber escolher para não fazer um mau negócio. E dá as dicas básicas. Bairro e rua com boa infraestrutura de saneamento, água, luz, coleta de lixo e transporte, além de serem livres de enchentes e considerados seguros, são fundamentais para um bom negócio.
O diretor-geral da Brazilian Mortgages, Fábio Nogueira, faz outros alertas. Ele ressalta que grandes cidades — São Paulo, em especial — registraram aumentos de preços de imóveis nos últimos anos, o que exige cada vez mais atenção dos investidores na hora de identifi car um bom negócio. A concorrência do setor aumentou com a entrada de muitas incorporadoras no mercado, o que gerou maior oferta de imóveis. E isso pode significar valorizações menores à frente. Por isso, para Fábio, a opção pela compra de um imóvel deve considerar, além da segurança, da diversificação e da rentabilidade, um interesse futuro no imóvel. "Um apartamento residencial de dois quartos pode ser o primeiro imóvel de um filho lá na frente e, enquanto isso, rende o aluguel."
ESPECULAÇÃO
Para o investidor especulativo e profissional, é possível, ainda, fazer alavancagem com imóveis. Como?
Usa-se 20% do valor do imóvel para dar entrada e solicita-se um financiamento; aluga-se o imóvel; paga-se a prestação com o dinheiro do aluguel; vende-se o apartamento um ano depois (se o imóvel for bem escolhido é comum conseguir 10% a mais no valor total) e quita-se o financiamento. Embolsa- se a diferença entre o preço da venda e a quantia usada para honrar o empréstimo. Especialistas financeiros garantem que dá para conseguir ganho de até 50% na jogada.
Mas cuidado, envolve risco maior e os especialistas não a recomendam ao investidor comum.
Muita cautela no curto prazo
Cautela é a palavra de ordem para aqueles que querem comprar para vender em curto espaço de tempo. Afinal, acertar na compra do imóvel não é tarefa simples. Ainda mais se o objetivo é lucrar no curto prazo. E mais: é necessário considerar que o curto prazo, quando se trata de imóveis, tem significado próprio. Comprar e revender, por mais rápido que seja, pode demorar vários meses.
Você S/A - Por Ana Brandão
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