O fenômeno da verticalização se amplia por toda a João Pessoa e alcança bairros da periferia, ao contrário do que acontecia há dez anos, onde os locais mais explorados se referiam à orla marítima. Com tantos prédios sendo construídos, surge uma questão: como anda a infraestrutura dos edifícios e até que ponto eles oferecem segurança e conforto para os moradores? Os construtores confirmam a elevação na qualidade dos imóveis e atribuem esse avanço à exigência do próprio consumidor.
Equipamentos modernos como a tecnologia da energia solar e gerador de eletricidade já fazem parte do pacote essencial aos prédios da capital. Além de agregar valor aos novos empreendimentos, construídos a todo vapor nas mais variadas regiões do Estado, os itens enchem os olhos dos moradores mais exigentes.
Cada vez mais, os edifícios contam com ferramentas de segurança, como portaria automatizada com controle 24 horas, cerca elétrica, alarmes e câmeras, além de uma forte estrutura de lazer, com salas de festas, salão de jogos, academias de ginástica e parque aquático. Hidrantes e elevadores são fundamentais nas construções e compõem os itens indispensáveis no projeto dos edifícios. No entanto, entre a lista dos componentes básicos, os clientes vão acrescentando novidades e os construtores tendem a acompanhar, caso contrário, ficam para trás diante da forte concorrência.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, afirmou que as exigências são conhecidas pelos construtores a partir de pesquisas realizadas esporadicamente. A ideia é conhecer o perfil dos consumidores, identificar os desejos desse público e atender aos anseios da melhor maneira possível. Com o aumento dos aspectos cobrados, os projetos são ampliados e as áreas, cada vez melhor aproveitadas.
Nas consultas, os itens comentados variam desde a localização preferida (bairro onde a pessoa pretende morar) até as necessidades de espaço na garagem do edifício. O aspecto de segurança está no topo entre os requisitos essenciais e levam os construtores a se voltarem para uma maior atenção neste quesito, prioritário para as famílias. Quanto mais pavimentos tem o edifício, melhor a infraestrutura, conforme afirmam os construtores.
“A preferência de se morar em edifícios parte, desde o início, pela prerrogativa de que é mais seguro do que residir em uma casa, onde o acesso dos ladrões é maior. Com a evolução do setor, que trabalha para oferecer produtos de melhor qualidade, e a modernização requerida pelos próprios clientes, os modernos equipamentos de segurança vão sendo incorporados no projeto das construções. É uma tendência de que não se pode fugir”, ressaltou Quintans.
Há mais de 20 anos morando em edifícios, o economista Humberto Ribeiro Santos cita diversos benefícios de viver em condomínios verticais. Os mais altos são os preferidos pelo paraibano, que reside com a esposa e os dois filhos em um prédio de dez andares localizado em Manaíra. O primeiro prédio escolhido foi nos Bancários e o apartamento ocupado pela família ficava no terceiro andar.
Depois de alguns anos, ele se mudou para a orla de João Pessoa e decidiu comprar o penúltimo apartamento de um prédio de dez andares. “Prefiro morar em andares mais altos por conta, principalmente, da vista. A gente tem uma visão privilegiada, ainda mais por se tratar de um bairro como Manaíra. A tendência são prédios cada vez mais altos, pois são os melhores para se viver. Dou preferência aos apartamentos acima do sétimo andar”, resume.
A atração por empreendimentos com mais pavimentos se dá também devido à estrutura ofertada nesse tipo de construção. Humberto explica que, na maior parte dos casos, os prédios menores não possuem área de lazer, elevadores e sistema de segurança. “Em edifícios mais baixos, geralmente não temos área de lazer, piscina, segurança mais profissional. O máximo que se tem é um porteiro. A infraestrutura melhora à medida que o prédio é mais alto” .
Apesar da pouca estrutura, bairros periféricos estão se verticalizando
Saneamento básico, calçamento nas ruas e estrutura comercial da localidade escolhida para construção de um edifício nem sempre são primadas pelos empreendedores. Com o avanço das construtoras para áreas menos exploradas, questões como infraestrutura da localidade aparece como um fator de preocupação. Um exemplo é o bairro de Água Fria, na capital, que ainda não possui esgotamento sanitário e as vias são esburacadas, mas é uma das localidades onde a verticalização ocorre com intensidade.
No local, é visível a preferência dos empreendedores. Mas Água Fria não é um caso isolado. Bairros da área periférica da capital estão se transformando em celeiros para construtores de condomínios verticais. Valentina, Geisel, Jaguaribe,
Mangabeira, Bancários são típicos exemplos desse perfil escolhido pelos novos consumidores. “O construtor migra para onde o consumidor quer comprar. Essa é a tendência. Independente de o bairro contar com infraestrutura, quem escolhe o local é o próprio comprador. Não adianta construir em uma área que não é procurada, pois as vendas não acontecem”, justificou o presidente do Sinduscon/JP, Irenaldo Quintans.
O processo foi ganhando força na década de 1980 e iniciou na área nobre de João Pessoa, pelos bairros da orla marítima. Nos últimos sete anos, com a retomada dos financiamentos bancários voltados para habitação, as oportunidades chegaram às classes média e baixa, o que justifica a abertura do nicho de mercado nos bairros menos nobres. Diferente da orla, que está sobrecarregada, existem várias áreas subutilizadas, como Miramar, Jardim Luna, Expedicionários, Castelo Branco e Funcionários.
O tripé composto pelos itens “segurança, economia e comodidade” tem sido a justificativa para o sucesso do mercado de imóveis verticais. A verticalização, ao contrário do que muitos pensam, é uma exigência dos próprios compradores. “Para atender à demanda imobiliária, originada especialmente pelo aumento das famílias que chegam de várias localidades para morar em João Pessoa, não temos alternativa, a não ser verticalizar”, defende Quintans, reforçando que a construção civil é regida pelo desejo do consumidor.
Os pontos que induziram à verticalização são crescimento da cidade e escassez progressiva de terrenos, estabilização econômica da população e melhoria da renda dos trabalhadores e a retomada dos financiamentos bancários.
Mas localização, conforto e equipamentos de segurança e lazer não são os únicos fatores considerados na hora da aquisição de um imóvel. Seja na planta ou finalizado, novo ou usado, os valores sempre entram como primordial no processo de escolha dos consumidores. Humberto Ribeiro Santos disse que o fator preponderante ao comprar o último imóvel, onde reside atualmente, foi o custo benefício. O economista adquiriu, há seis anos, o apartamento de 200 metros quadrados por cerca de R$ 200 mil e arca com uma taxa mensal equivalente às despesas com o condomínio.
Existem dois fatores que pesam na classificação do apartamento: a área útil e o material de acabamento. Em João Pessoa, o valor médio do metro quadrado é de cerca de R$ 2 mil. O menor valor pode ser encontrado nos bairros periféricos e custa R$ 1 mil. O mais caro fica na faixa de R$ 4 mil e está em bairros como Cabo Branco e Manaíra.
O preço está atrelado às condições de infraestrutura oferecidas não somente no edifício, mas também no bairro em que está localizado. “Manaíra é uma das localidades onde se pode encontrar uma gama de serviços, como farmácia e supermercado. Ela é completa nesse sentido, mas o alto índice de violência está entre as nossas preocupações e muita gente tem vendido seus imóveis e migrado para locais mais sossegados”, disse.
Jacqueline Santos - Jornal da Paraíba
Equipamentos modernos como a tecnologia da energia solar e gerador de eletricidade já fazem parte do pacote essencial aos prédios da capital. Além de agregar valor aos novos empreendimentos, construídos a todo vapor nas mais variadas regiões do Estado, os itens enchem os olhos dos moradores mais exigentes.
Cada vez mais, os edifícios contam com ferramentas de segurança, como portaria automatizada com controle 24 horas, cerca elétrica, alarmes e câmeras, além de uma forte estrutura de lazer, com salas de festas, salão de jogos, academias de ginástica e parque aquático. Hidrantes e elevadores são fundamentais nas construções e compõem os itens indispensáveis no projeto dos edifícios. No entanto, entre a lista dos componentes básicos, os clientes vão acrescentando novidades e os construtores tendem a acompanhar, caso contrário, ficam para trás diante da forte concorrência.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, afirmou que as exigências são conhecidas pelos construtores a partir de pesquisas realizadas esporadicamente. A ideia é conhecer o perfil dos consumidores, identificar os desejos desse público e atender aos anseios da melhor maneira possível. Com o aumento dos aspectos cobrados, os projetos são ampliados e as áreas, cada vez melhor aproveitadas.
Nas consultas, os itens comentados variam desde a localização preferida (bairro onde a pessoa pretende morar) até as necessidades de espaço na garagem do edifício. O aspecto de segurança está no topo entre os requisitos essenciais e levam os construtores a se voltarem para uma maior atenção neste quesito, prioritário para as famílias. Quanto mais pavimentos tem o edifício, melhor a infraestrutura, conforme afirmam os construtores.
“A preferência de se morar em edifícios parte, desde o início, pela prerrogativa de que é mais seguro do que residir em uma casa, onde o acesso dos ladrões é maior. Com a evolução do setor, que trabalha para oferecer produtos de melhor qualidade, e a modernização requerida pelos próprios clientes, os modernos equipamentos de segurança vão sendo incorporados no projeto das construções. É uma tendência de que não se pode fugir”, ressaltou Quintans.
Há mais de 20 anos morando em edifícios, o economista Humberto Ribeiro Santos cita diversos benefícios de viver em condomínios verticais. Os mais altos são os preferidos pelo paraibano, que reside com a esposa e os dois filhos em um prédio de dez andares localizado em Manaíra. O primeiro prédio escolhido foi nos Bancários e o apartamento ocupado pela família ficava no terceiro andar.
Depois de alguns anos, ele se mudou para a orla de João Pessoa e decidiu comprar o penúltimo apartamento de um prédio de dez andares. “Prefiro morar em andares mais altos por conta, principalmente, da vista. A gente tem uma visão privilegiada, ainda mais por se tratar de um bairro como Manaíra. A tendência são prédios cada vez mais altos, pois são os melhores para se viver. Dou preferência aos apartamentos acima do sétimo andar”, resume.
A atração por empreendimentos com mais pavimentos se dá também devido à estrutura ofertada nesse tipo de construção. Humberto explica que, na maior parte dos casos, os prédios menores não possuem área de lazer, elevadores e sistema de segurança. “Em edifícios mais baixos, geralmente não temos área de lazer, piscina, segurança mais profissional. O máximo que se tem é um porteiro. A infraestrutura melhora à medida que o prédio é mais alto” .
Apesar da pouca estrutura, bairros periféricos estão se verticalizando
Saneamento básico, calçamento nas ruas e estrutura comercial da localidade escolhida para construção de um edifício nem sempre são primadas pelos empreendedores. Com o avanço das construtoras para áreas menos exploradas, questões como infraestrutura da localidade aparece como um fator de preocupação. Um exemplo é o bairro de Água Fria, na capital, que ainda não possui esgotamento sanitário e as vias são esburacadas, mas é uma das localidades onde a verticalização ocorre com intensidade.
No local, é visível a preferência dos empreendedores. Mas Água Fria não é um caso isolado. Bairros da área periférica da capital estão se transformando em celeiros para construtores de condomínios verticais. Valentina, Geisel, Jaguaribe,
Mangabeira, Bancários são típicos exemplos desse perfil escolhido pelos novos consumidores. “O construtor migra para onde o consumidor quer comprar. Essa é a tendência. Independente de o bairro contar com infraestrutura, quem escolhe o local é o próprio comprador. Não adianta construir em uma área que não é procurada, pois as vendas não acontecem”, justificou o presidente do Sinduscon/JP, Irenaldo Quintans.
O processo foi ganhando força na década de 1980 e iniciou na área nobre de João Pessoa, pelos bairros da orla marítima. Nos últimos sete anos, com a retomada dos financiamentos bancários voltados para habitação, as oportunidades chegaram às classes média e baixa, o que justifica a abertura do nicho de mercado nos bairros menos nobres. Diferente da orla, que está sobrecarregada, existem várias áreas subutilizadas, como Miramar, Jardim Luna, Expedicionários, Castelo Branco e Funcionários.
O tripé composto pelos itens “segurança, economia e comodidade” tem sido a justificativa para o sucesso do mercado de imóveis verticais. A verticalização, ao contrário do que muitos pensam, é uma exigência dos próprios compradores. “Para atender à demanda imobiliária, originada especialmente pelo aumento das famílias que chegam de várias localidades para morar em João Pessoa, não temos alternativa, a não ser verticalizar”, defende Quintans, reforçando que a construção civil é regida pelo desejo do consumidor.
Os pontos que induziram à verticalização são crescimento da cidade e escassez progressiva de terrenos, estabilização econômica da população e melhoria da renda dos trabalhadores e a retomada dos financiamentos bancários.
Mas localização, conforto e equipamentos de segurança e lazer não são os únicos fatores considerados na hora da aquisição de um imóvel. Seja na planta ou finalizado, novo ou usado, os valores sempre entram como primordial no processo de escolha dos consumidores. Humberto Ribeiro Santos disse que o fator preponderante ao comprar o último imóvel, onde reside atualmente, foi o custo benefício. O economista adquiriu, há seis anos, o apartamento de 200 metros quadrados por cerca de R$ 200 mil e arca com uma taxa mensal equivalente às despesas com o condomínio.
Existem dois fatores que pesam na classificação do apartamento: a área útil e o material de acabamento. Em João Pessoa, o valor médio do metro quadrado é de cerca de R$ 2 mil. O menor valor pode ser encontrado nos bairros periféricos e custa R$ 1 mil. O mais caro fica na faixa de R$ 4 mil e está em bairros como Cabo Branco e Manaíra.
O preço está atrelado às condições de infraestrutura oferecidas não somente no edifício, mas também no bairro em que está localizado. “Manaíra é uma das localidades onde se pode encontrar uma gama de serviços, como farmácia e supermercado. Ela é completa nesse sentido, mas o alto índice de violência está entre as nossas preocupações e muita gente tem vendido seus imóveis e migrado para locais mais sossegados”, disse.
Jacqueline Santos - Jornal da Paraíba
João Pessoa é uma das cidades mais lindas do Brasil. Tem a mata verde sempre presente nas suas ruas, numerosas áreas de preservação ambiental, igreja e construções monumentais e uma população amistosa que tão bem acolhe os turistas e, sobretudo, que adora a cidade incrível em que vive. Sou natalense e sempre que posso estou em João Pessoa. De tanto ir aí ja me considero pessoense. Quero muito em breve realizar o sonho de possuir um apartamento todinho meu nessa terra maravilhosa.
ResponderExcluirLaélio Costa
Natal - RN
CONSTRUIRAM TRÊS CONDOMINIOS DEFRONTE AO JARDIM BOTÂNICO DE JP, UMA LINDA ÁREA SUPER ARBORIZADA, A NOITE,PARECE CLIMA EUROPEU, Á MARGEM DA AV.D.PEDRO II, E HÁ POUCOS MINUTOS DA PRAIA. ESSAS CONSTRUTORAS, DEVERIA INVESTIR MAIS NESSA ÁREA, POR SER UMA GRANDE DIFERENCIAL DE VISTA COM A MATA ATLANTICA(JARDIM BOTÂNICO,E TODA ESTRUTURA DO BAIRRO DA TORRE. NOTA 10 PARA A CONSTRUTORA E SEUS CONDOMINOS. JP, 26/09/12
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